sexta-feira, 28 de março de 2008

"Meu Eu, meu Deus: vencida a auto-divinização egolátrica, quebrada a casca do ensimesmamento pequenamente lírico e empecido, o eu pode tornar-se espelho de transcendência, caminho de diálogo com algo que o excede «ser mediador» para uma outra e a mesma realidade: a do Deus que nos fala e em nós fala no nosso próprio ideal, no nosso próprio movimento, ainda que o investamos de outros nomes, ou a do Deus que por vezes ao longo da jornada, mais cedo ou mais tarde, dificilmente, penosamente, agraciadamente, aprendemos a reconhecer sob mil máscaras que permitem a nossa liberdade..."

António Quadros, in «Ficção e Espírito»

1 comentário:

AQUILES disse...

É sempre bom relembrar. Obrigado por não nos deixar esquecer.